terça-feira, 27 de setembro de 2011

Nascer de Novo!

Em plena aventura no rio da Vida, ele interpelou-me:

- Que dizes da mensagem do ACIMO?
- Estou a digeri-la...
- E?
- O Tempo falará quando for oportuno.
- Entretanto?
- Partilha-se a letra, deixando que o Espírito faça o que só Ele é capaz de fazer.
- Mas tu já tens palavras-síntese, que vão nesse sentido.


Fico em silêncio. Meu amigo insiste:

- Quando vai eclodir o "ovo" da Vi(d)a Nova com D(EU)S?

Enquanto não sou capaz de responder, partilho as palavras do ACIMO, recentemente enviadas por mail:

"Por isso, e em alternativa, proponho um fim de semana, em data conveniente para todas, todos nós. Um Sábado, após o almoço, noite e domingo, até à hora do chã. Na Casa da Amizade... Estaremos juntos, sentados em redor da Mesa, em condições de boa ESCUTA RECÍPROCA e olhos nos olhos, e muita Conversa Compartilhada. Num clima de RECIPROCIDADE MAIÊUTICA. Para que venham de dentro para fora as Práticas que nos fazem e nos condicionam ou libertam. Concretamente, nos fazem pensar como pensamos, falar como falamos, fazer escolhas como as que rotineiramente fazemos, e optar como optamos. Porque só PRÁTICAS POLÍTICAS MAIÊUTICAS nos fazem Crescer de dentro para fora em Ser e Liberdade. De modo que os nossos VIVERES em Sociedade sejam SINAL DE CONTRADIÇÃO entre os demais e com os demais. Porque, ou estamos a viver para Crescermos de dentro para fora em Humano, e Humano até à plenitude, ou, somos mais ou menos um Desastre em crescendo.
E para que nem o Jantar em comum, de sábado, interrompa esta GESTAÇÃO e este TRABALHO DE PARTO de todos e de cada qual, ela deve ser volante e previamente preparada. Para que, quando dela necessitarmos, possamos COMPARTILHÁ-LA, ao mesmo tempo que prosseguimos em trabalho de parto recíproco.
O Sono, quando chegar, será o Tempo de Silêncio e de intimidade de cada qual consigo mesmo. E, no dia seguinte, a manhã pode continuar a Noite, cada qual consigo mesmo, sempre À ESCUTA e em esforço de SÍNTESE de tudo o que “mexeu” em nós, desde o início do ENCONTRO. Para, no Almoço Compartilhado, já mais Libertas, Libertos, começarmos a Partilhar uns com os outros, até à hora do Chã e da Partida, como nos encontramos, após Gestação e Parto. E nos dizermos uns aos outros como queremos SER, no resto das nossas vidas, sem que a Ideologia e a Idolatria voltem a ocupar-nos a Mente e a Consciência. E, por isso, as Opções e as Práticas Quotidianas. Porque, nesse caso, o nosso estado será ainda pior do que antes desta GESTAÇÃO e deste PARTO (= Nascer de Novo!).

Eis. Estarei a ser demasiado apressado? A querer queimar etapas? Ou, pelo contrário, já estamos todas, todos bastante atrasados e com grande parte da nossa vida na História perdida, no que respeita ao SER que Somos, único e irrepetível, porque, entretanto, Cresceu muita coisa estranha sobre Nós, em lugar de Crescermos nós, de dentro para fora?!"

sábado, 17 de setembro de 2011

Arte de viver...

"A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ... simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!"

O pensamento não é meu. É do "poeta das coisas simples": Mário Quintana.

Um exemplo: no dia a dia, quer queiramos ou não, convivemos com A, B, C... (e outras letras mais do alfabeto). Eis um testemunho:

- B, não comunica com J e esta pessoa, não procura aquela. O tempo vai passando, as experiências de encontro-ausência cavam o que poderá vir a ser um abismo nas relações que, outrora, foram intensas. As duas pessoas têm Jesus, como modelo. Comentário?
- Faz-me pensar no Ser e Ter. Ter pouco, algum ou muito conhecimento sobre Jesus, mas Ser esse conhecimento, isto é vivê-lo no convívio com tudo e com todos, não é o mesmo. A Regra das regras ou regra de ouro (prefiro chamar-lhe "proposta de ouro"), encontra-se no Evangelho, no Sermão da Montanha, e foi proposta por, exactamente, pelo Poeta dos poetas das coisas simples, Jesus, que diz o seguinte:


Tudo aquilo que quer que os homens lhe façam, faça você mesmo a eles. (Mat.7:12).

Simples? Sim. Dificil? Sim, mas possível se...

A arte e viver... é simplesmente a arte de conviver.
Paradoxalmente, o simples é difícil.

domingo, 11 de setembro de 2011

Celebrar a Vida!

A aventura humana, pelas águas do quotidiano, complica-se: tanta é a "poluição", dos (pre)conceitos, dos interesses, do desrespeito, da violência, dos medos!

Paramos na "margem da reflexão" para repor energias. Quais águas, a comunicação flui.

- 11 de Setembro?
- No essencial? Bem e Mal.
- Queres explicar-te?
- Vou tentar.


Eis, em síntese, a reflexão:

Bem, é a celebração da Vida, presente em Tudo e em Todos (no que respeita ao seres humanos, sejam noteamericanos/árabes, cristãos/muçulmanos...) Bem, que só o é quando harmonizar com o Cosmos ao qual pertencemos, e no qual se revela o seu Criador.

Mal, porque antivida nas suas complexas relações de causa-efeito. O Mal que até chega a confundir-se com o Bem, quando se mascara de dor, de solidariedade... O que faz pensar nas palavras de António Aleixo:

P'ra verdade ser segura
e atingir profundidade
tem que trazer à mistura
qualquer coisa de verdade.

Celebrar a Vida em iniciativas que visem o Bem Comum, o Bom Senso e o Consenso, pode ser uma outra reflexão. Minoritária? Concerteza. Mas desde quando o Bem, no Planeta Terra, é maioritário? Poderoso? Sim um Poder Criador, diferente do poder destruidor, que pode parecer celebrar-se, neste dia. O Mestre dos mestres, Aquele que diz "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida (maiúsculas minhas, porque assim o reconheço), foi morto por quem e para quê? O Mal crucificou-O e crucifica-nos, hoje, de muitas formas, e até em "nome do Bem". Mas esta entrega, voluntária, do Mestre, foi certificada pelo Seu Amor a Deus ao Próximo como a Si mesmo! Sim, foi a celebração da Vida, em qualidade e em quantidade! E daí, incompreensivelmente, a Sua Ressurreição, garantia de Novos Céus e Nova Terra, desejados por todas as Nações e Povos!

sábado, 10 de setembro de 2011

Jesus de Nazaré

Da Entrada em Jerusalém até à Ressurreição.

- Este é o título e o subtítulo da II parte do livro de Joseph Ratzinger ou Bento XVI.
- Exato. Estou a lê-lo.
- E que tal?
- É um intelectual.
- Na página 73, anotaste, a lápis: "Lindo!" e a palavra enigmática, por ti cunhada, há uns bons anos... Será algo mais espiritual?
- De quem? Do autor? Do Leitor?


Lemos a parte do texto sublinhada e anotada, que tem como contexto a Festa judaica da Expiação como cenário bíblico de fundo da oração sacerdotal:

O universo foi criado não para que existam muitos astros e tantas outras coisas, mas para que haja um espaço para a "aliança", para o "sim" do Amor entre Deus e o homem que Lhe responde. (o itálico e o negrito são meus)


- A tua palavra enigmática tem a ver com a "aliança", com o "sim". Jesus de Nazaré, Deus, Ser Humano, Igreja...
- São palavras-chave, para que eu, tu, ele, nós, vós, eles, possamos ser tão fieis à Verdade como a bússola o é ao polo.


Parafraseando Bento XVI, as palavras e os acontecimentos decisivos, dos seguidores de Jesus, serão evidenciados quando a sua espiritualidade, leia-se fidelidade à Verdade, será posta à prova.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Lembra-te do teu Criador.

O Sábado, memorial da criação, é excelente para o exercício espiritual sugerido pelo nosso título.

Vejamo-nos a navegar no nosso rio Homem.
Os peixes saltam, aqui e ali.
A paz do rio, favorece a reflexão-oração.
Entre a moldura de salgueiros, plátanos, amieiros, freixos... um pescador ou outro, vê-nos passar.

- Bom dia! - saudamo-nos.

Remando contra a corrente, um companheiro lê para si, as palavras de uma autora cristã:

Não devemos dizer aos nossos filhos que não devem estar alegres no Sábado, que é errado andar ao ar livre. Não! Cristo conduzia os discípulos para fora, para a beira do lago, no dia de Sábado, e ensinava-os. Os Seus sermões de Sábado nem sempre eram pregados em recintos fechados... - E.G.W.. Manuscrito 3, 1879.