quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Floresta, laboratório da Vida

Neste Ano Internacional das Florestas, foi celebrado, ontem, o Dia da Floresta Autóctone ou então, continua a celebração da Semana da Floresta Autóctone.
Tal facto deu e dará, à comunicação social, matéria para "alindar" as suas mensagens.
As notícias foram e são mais que muitas. Por exemplo, no Correio do Minho de hoje, a nossa amiga Ana Cristina Costa, escreve do que sabe, e, creio eu, do que vive. Vale a pena reflectir com a Cristina.

Povoada a minha mente com árvores autóctones (como o Medronheiro, o Zambujeiro ou oliveira brava, os Carvalhos, a Azinheira, o Pinheiro-manso, o Amieiro, o Freixo ou os Salgueiros), penso num organismo que não tem qualquer Dia Especial, mas que é essencial para a Floresta, autóctone ou não.

Descubro a cabeça, imagem de sinal de respeito, e leio, como sagrado se tratara, um registo que tenho entre as minhas notas. Diz assim:

Árvore morta contém grandes quantidades de carbono, azoto, fósforo e outros elementos que a árvore foi extraindo da atmosfera e do solo ao longo da sua vida. Contudo estas substâncias valiosas estão fora do alcance de qualquer outra planta ou animal porque a celulose e a lenhina, que constituem a maior parte do volume da árvore, são quimicamente tão instáveis que nenhum animal as consegue digerir nem nenhuma raiz consegue dissolver. Existem apenas dois tipos de seres vivos capazes de as reduzir aos elementos básicos: as bactérias e os fungos. Decompondo a matéria orgânica, os fungos promovem a reciclagem de nutrientes para o solo, permitindo que as novas plantas se alimentem dos nutrientes que já fizeram parte do corpo de outros seres vivos.(Os Cogumelos e a Floresta Mata da Magaraça).

- A Floresta, "coalhada" de batérias, fungos, aves, animais, insectos... é um presente da Vida? - pergunta-me alguém.
- E a Vida é um presente de Quem? - questiono Eu, Tu, Ele, Nós, Vós, Eles.

Esta reflexão, apenas como mais um ensaio de espiritualidade, para que possamos viver-morrer-viver como as árvores: em pé, com dignidade!

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