A uma hora e num ambiente tranquilo, uma pergunta turbulenta:
-Tens alguma Religião?
Recorrendo à imagem do rio, pergunto-me se haverá algum perigo submerso nesta tranquilidade. Mesmo assim, entro no diálogo:
- Por Religião devo entender?
- Igreja-Instuição.
- Tenho...
- Não és CAR, ou seja Católico-Apostólico-Romano.
- Sou CASER=Católico-Apostólico-Segundo-a-Epístola-aos-Romanos.
- Brincas?
- Sim, gosto de brincar com coisas sérias.
A imagem do Sol, no azul do Céu, que se reflecte no Rio da Vida, anima-me a prosseguir nesta aventura.
Pego no fio da conversa:
- Retomo a questão inicial: "Tens alguma Religião?" . Quando respondi "Tenho", em pensamento acrescentei algo mais.
- O quê?
- Tenho... mas ela não me tem a mim.
- Explica-te.
- Vou tentar. Olha comigo para a margem. Vês aquele pardal? Ao longo da vida há sempre alguém que nos procura engaiolar. E dá "boas"razões para tal crime: segurança, companhia, conforto, alimento...
-E?
- As aves têm asas para voar em espaços abertos, amplos... Gaiolas são coisas dos homens e não das aves.
- Estás a querer dizer que as Religiões são Gaiolas?
- Tu o dizes.
- Eu sei que tu és ASD.
Um velhinho chamado Tempo, reclamou a nossa atenção.
Continuaremos, no "próximo capítulo".
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